Estudo de mapeamento de políticas

Nos primeiros meses do projeto conduzimos um inquérito online entre 159 jovens (15-20 anos de idade), 39 orientadores de carreira e 16 peritos em 7 países parceiros – Bulgária, Alemanha, Grécia, Itália, Polónia, Portugal e Reino Unido.

88% dos jovens que participaram neste inquérito consideraram importante estarem informados sobre os empregos do futuro e as mudanças no mundo do trabalho. No entanto, neste momento metade dos jovens não recebe informação sobre este tópico nem na escola, nem informalmente. Apenas 1/3 dos jovens acredita estar a par das tendências do mercado de trabalho e sobre fontes credíveis de informação. 58% sentem-se informados ou bastante informados sobre os empregos do futuro, embora de acordo com a maioria dos peritos e orientadores de carreira isto não se confirme.

O inquérito confirma a importância de um amplo espetro de competências que os jovens devem possuir, de modo a estarem preparados para as suas futuras carreiras. Conhecimento sobre as tendências do mercado de trabalho, autoconsciência, flexibilidade e abertura à mudança são avaliados como as competências de carreira mais importantes para o futuro. Mais de 90% de todas as respostas sublinham a importância da criatividade, da inovação e do espírito empreendedor.

O inquérito demonstra que os orientadores de carreira precisam de estar melhor preparados para os empregos do futuro. Mais de 1/3 revela que a sua capacidade de utilização de ferramentas digitais é ou ‘razoável’ (28%) ou ‘a desenvolver’ (10%). Um em cada dez consultores de carreira admite precisar de desenvolver o seu conhecimento sobre recursos e mercado de trabalho, sobre as necessidades dos jovens, e sobre a capacidade de criar novas ferramentas concebidas para esta nova geração digital.

Atualmente, os orientadores de carreira desenvolvem estas competências através de aprendizagem auto-dirigida e contínua durante a sua prática. A maioria dos respondentes não consegue identificar especificamente fontes de informação na internet e admite ‘existir a falta de uma plataforma global que forneça adequadamente informação sobre como trabalhar este tópico com jovens’.

Exceto plataformas online com informação útil, mais de metade também utilizaria o exemplo de boas práticas, formação e ferramentas e recursos de formação aplicáveis ao seu trabalho. 1/3 considera o concurso de orientação de carreira útil. Esta é uma informação importante para os decisores políticos para que estes aumentem o fornecimento de educação e formação contínua relevante e atualizada, de modo a assegurar que a qualidade dos serviços de adequa às necessidades dos jovens e das realidades do mercado.

Os resultados do inquérito são apresentados no nosso Relatório de Políticas, que mapeia o caminho para o desenvolvimento tecnológico inovador e orientado para o futuro, as mudanças sociais e as transformações do mercado de trabalho, são apenas uma parte dos desafios para as abordagens tradicionais de orientação de carreira. O Futuro apela a um novo paradigma para os jovens, educadores e líderes. Não basta apenas mostrar às crianças COMO o mundo está a mudar; elas precisam entender PORQUÊ, QUAIS os desafios e empregos que trará, quais as COMPETÊNCIAS necessárias. Os serviços de orientação de carreira precisam se transformar em ORIENTAÇÃO PARA O FUTURO e a política de orientação e educação em LIDERANÇA PARA O FUTURO.

O relatório contém artigos sobre diferentes tópicos, como as tendências globais que definem o futuro mercado de trabalho; os desafios e o papel dos orientadores de carreira; o potencial impacto dos ambientes de aprendizagem virtuais e outra tecnologia no desenvolvimento da gestão de carreira e de competências transversais. Fornece vários exemplos de jogos e recursos de jogos de carreira online inovadores. A metodologia por trás do Projeto FUTURE também é explicada.

O relatório está disponível gratuitamente em Inglês e em todas as outras línguas dos países parceiros. Os seus resultados foram discutidos com peritos em orientação de carreira, principais atores e profissionais durante os seminários de políticas nacionais.